Boas práticas para a realização das provas digitais bem-sucedidas

O ano de 2020, em confinamento, permitiu que equipes de ensino e alunos dessem um salto fantástico na apropriação de soluções de provas digitais. Este acelerador de tempo revelou certamente dificuldades organizacionais, mas acima de tudo trouxe boas práticas. A TestWe oferece uma solução simples, segura e off-line para ajudar as instituições a otimizarem o processo de avaliação, tanto remotamente quanto presencialmente.

Pioneiro do assunto, a TestWe acaba de publicar um white paper no qual a empresa discute as melhores práticas para a realização de uma prova on-line. Neste primeiro artigo, a TestWe lembra o que é uma prova digital monitorada e destaca os problemas enfrentados por instituições e estudantes. Aborda também o tema delicado da fraude, relembrando os meios tecnológicos disponíveis para reduzir este problema.

O que é uma avaliação monitorada remotamente?

A prova digital é uma forma de avaliação on-line, que pode ser feita à distância ou presencial. O aluno responde à avaliação em um computador, na sua instituição, casa ou outro local, usando um aplicativo seguro para reduzir o risco de trapaça e fraude.

As avaliações on-line podem ocorrer de forma síncrona ou assíncrona. No primeiro caso, o monitoramento é feito por uma pessoa em tempo real, enquanto no segundo caso, o sistema tira  fotos, capta áudio e vídeo pela webcam do usuário e permite um acompanhamento posterior.

O princípio da prova on-line não é tão novo, e muitas instituições já estão usando ao redor do mundo. Assim como os cursos à distância abertos a todos (MOOCs) ou os recursos documentais on-line, as provas digitais fazem parte das ferramentas que várias instituições implementaram como parte de sua transição digital.

O sistema de provas digitais responde à obrigação de fazer provas online devido à pandemia, ao mesmo tempo que minimiza o risco de fraude. Era um risco de contenção, mas acabou sendo verdade. Também tínhamos um formato de semestre duplo, permitindo que os alunos voluntários continuassem o semestre remotamente. Esta opção tem sido favorecida pela maioria de nossos estudantes internacionais e aqueles que estão morando no exterior ou em outras cidades.

Diretora de Estudos l’ESSEC GLOBAL BBA

Como garantir a boa organização de uma avaliação digital?

As provas digitais já foram experimentadas por vários anos. Desde 2015, muitos estudantes Erasmus já testaram a plataforma OLS (Online Linguistic Support) criada pela Comissão Europeia. A razão é simples.

Os desafios dos estabelecimentos: inovação, reputação e competitividade

Para as instituições, isso mostra uma certa capacidade de mudar suas práticas de ensino levando em consideração a internacionalização de seus alunos que estão cada vez mais fazendo estágios no exterior e que dificilmente podem retornar à sua instituição para as avaliações de final de semestre.

A boa realização das provas também é uma questão crítica para a reputação e a competitividade dos estabelecimentos. Com efeito, assim como garantem a excelência do seu ensino, as escolas e universidades devem poder garantir provas que decorram de forma segura e comprovada, tanto presencial como à distância.

Os desafios para os alunos: reconhecimento de competências

O diploma ou certificação continua sendo uma referência comum para os alunos e as empresas que os recrutarão. Eles são a prova reconhecida das habilidades e conhecimentos adquiridos durante a sua formação. Mas, no contexto da crise sanitária, os alunos temem que a sua formação seja desvalorizada no mercado de trabalho devido ao adiamento (ou cancelamento) dos estágios e a organização das provas em condições inusitadas. Mais uma vez, ao garantir que as avaliações sejam realizadas em condições seguras, sua credibilidade permanece intacta.

“Não fazer nada, não é uma opção”

Para a nossa instituição, existe uma questão de igualdade e de manter o valor das notas atribuídas aos estudantes. Demasiadas fraudes representam um risco significativo para a reputação do programa e de toda a instituição: fraude de identidade que mina todos os esforços pedagógicos dos professores para adaptar os formatos dos exames; fraude de partilha de informação durante a prova que põe em causa o valor das notas atribuídas, a classificação dos alunos, e todos os processos associados (tais como missões de intercâmbio, mobilidade inter-campus, a lista do reitor, etc.)

Diretora de Estudos
ESSEC Global BBA

A fraude é inevitável ?

Todos concordam que a fraude é tão antiga como as provas, mesmo que os chefes das instituições minimizem esta situação. Atualmente, estima-se que o número de estudantes fraudulentos seja de 1/3. Mas com o desenvolvimento da tecnologia, a fraude evoluiu e os meios para a evitar também.

A resposta tecnológica e seus limites

No modo assíncrono, as avaliações requerem dispositivos técnicos específicos para a sua monitorização. Por exemplo, tirar uma fotografia confirma a identidade correcta do estudante, enquanto a gravação do áudio proporciona um ambiente propício à concentração, sem a ajuda de um estranho (que podem sussurrar as respostas). 

De qualquer maneira, é preciso adequar a técnica de monitoramento à regulamentação nacional de protecção de dados.

A resposta educacional, é a melhor solução para inibir a vontade de fraudar

Apesar dos meios tecnológicos atualmente disponíveis, uma das formas mais eficazes de combater a fraude é o formato da avaliação: questões em ordem aleatórias, limitar o tempo para respostas, encorajar o trabalho colaborativo, e melhorar o conhecimento com novas ferramentas digitais. Esta resposta bastante pedagógica deve no entanto fazer parte de um desejo comum da escola e dos seus professores de rever a sua forma de avaliar.

Como serão as avaliações daqui há 10 anos?

É difícil imaginar que ainda teremos provas de “papel” daqui a uma década ou mais. As soluções on-line e as provas digitais parecem estar preparadas para se manterem por muito tempo, à medida que o uso do computador se torna mais comum. Ao fornecer o equipamento ou permitir que cada um utilize o seu próprio equipamento (através das iniciativas BYOD “trazer o seu próprio dispositivo”), a questão da desigualdade digital não deve continuar a ser um obstáculo ao desenvolvimento das provas desmaterializadas. E os gestores educativos estão bem cientes de que o ensino presencial e à distância são obrigados a coexistir.

Começar a implementar as provas digitais, com monitoramento ou não, parece ser a melhor opção para cobrir todas as situações futuras e para melhorar os processos de avaliação de conhecimentos. E não há dúvida de que as instituições que melhor se adaptaram serão as mais beneficiadas a longo prazo, em termos de reputação, classificações internacionais e preparação dos estudantes para a vida profissional.

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